Carmem Lúcia Gomes De Salis


O LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA NA SALA DE AULA


O Livro didático de história se tornou um dos temas mais abordados e problematizados dentro da área de pesquisa de Ensino de História. Isso porque a partir de 1985, no período de redemocratização, o governo federal lança um programa denominado Programa Nacional do Livro Didático, cujo objetivo inicial era distribuir materiais didáticos, de forma gratuita, para as séries iniciais de Ensino Fundamental. Ao longo da década de noventa esse programa passa a se estender para outras esferas e abarcar, também, as séries finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Escolas do Campo e Educação de Jovens e Adultos.

O objetivo do governo centrava-se em duas frentes principais: a princípio garantir materiais didáticos de qualidade nas escolas, haja vista, a formação, entendida enquanto deficitária, no período da Ditadura Militar, onde se proliferou a chamada licenciatura curta. Então, era necessário fornecer materiais que, viessem auxiliar esses professores na prática da sala de aula para que pudessem dar vazão a um ensino que atendesse aos anseios do novo momento político, qual seja: a formação de um sujeito atento às ideias de cidadania e que, ao final de sua trajetória escolar, se entendesse enquanto um cidadão crítico e reflexivo. Por outro lado, temos, também, o anseio de que o livro didático, fosse um poderoso auxiliar na tentativa de unificação curricular, já que, em um país de tamanho continental, cada região exercia sua própria organização curricular.

Fato é que, embora em um primeiro momento, os professores tenham observado o Programa com certa desconfiança (haja vista a experiência, nos governos anteriores, com relação a políticas semelhantes, que buscavam determinar como e o que deveria ser dado em sala de aula, utilizando o material didático como instrumento de controle político e pedagógico), essa perspectiva vai perdendo força a partir do momento em que os docentes começam a se ver enquanto sujeitos ativos dentro do processo de seleção, já que passam a compor o quadro avaliativo, assim como escolhem os materiais a serem adotados pelas escolas.

A partir do Programa, portanto, o Livro passou a ser presença constante na sala de aula e a relação que o professor estabelece com esse material determina o tom das práticas desenvolvidas no processo de ensino aprendizagem.

Tal presença constante tem suscitado uma série de trabalhos acadêmicos cujo objetivo versa sobre a tentativa de compreender e problematizar não somente a natureza desse material cultural complexo, como também desvendar seu papel no processo de Ensino, no nosso caso de História. Ou seja, cada vez mais historiadores, inseridos na área de pesquisa de Ensino de História, dedicam-se ultrapassar as análises formais do material, no que diz respeito a questão textual, lacunas, erros, ou seja, sua construção narrativa, para se dedicarem à pesquisas sobre a apropriação que professores e alunos estabelecem com o livro no dia a dia escolar.

E é justamente neste aspecto que a pesquisa se desenvolve. Neste sentido, temos por objetivo analisar as impressões e representações que os alunos constroem em relação ao livro didático. Essas pesquisas são relevantes porque, os estudos sobre o livro didático e sua relação com a prática, sempre estiveram muito centrados na figura do professor: como o professor o utiliza; como o escolhe; quais os seus critérios as consequências dessas práticas no processo de ensino aprendizagem. Relegar a um segundo plano o papel do aluno enquanto sujeito do processo de ensino, parece-nos um equívoco.

É importante pensarmos essa relação para propormos ações que façam mais sentido para os alunos. Precisamos conhecer as representações construídas pelos mesmos ao longo de sua trajetória escolar a respeito do material, para que possamos identificar qual a percepção de História que advém dessa relação e apropriação e assim, problematizarmos o lugar ocupado por esta na sua vida prática.  É importante ressaltar que identificar essa relação não é determinante para entendermos a percepção de História que os alunos constroem ao longo de sua vida escolar, já que esta é moldada por inúmeros fatores, no entanto, se consubstancia em um importante elemento.  Neste sentido, torna-se fundamental entender o que o aluno, sujeito do processo de ensino aprendizagem, pensa sobre esse material que está cotidianamente presente nas aulas de História. Caimi, cita um provérbio, que diz: “[...] para ensinar História a João é preciso entender de ensinar, de história e de João”. (ROCHA, 2009, p. 71)

Tais inquietações foram imprescindíveis para que pudéssemos desenvolver uma proposta de pesquisa focalizada nos alunos. No entanto, destacamos que o vínculo construído pelo aluno com o material didático, atrela-se à forma como o professor se apropria do mesmo, portanto, embora o escopo seja o aluno, não podemos relegar o papel do professor.  

A pesquisa se desenvolveu a partir de questionários em 06 turmas de Ensino Fundamental de duas escolas públicas de Guarapuava, sendo 05 de 9º ano e uma de 8º ano, totalizando 153 alunos. Foram elaboradas questões objetivas e dissertativas, onde objetivou-se explorar as impressões dos alunos. Foram escolhidas as séries finais, porque esses já possuíam uma trajetória escolar de utilização do livro e, por isso, poderiam, em tese, opinar com mais propriedade sobre o assunto.

O livro didático, inquestionavelmente, ocupa um lugar central nas aulas de História. De instrumento de ensino ele, na maior parte das vezes, termina por ocupar, cada vez mais, um lugar de protagonista no ensino. Isso se deve ao fato de que, a partir dos critérios de avaliação do PNLD, o livro se torna cada vez mais atraente ao professor e ao aluno também. São coloridos muito bem-acabados e visualmente atrativos. Pelo seu formato interno, onde encontramos narrativas que prendem a atenção do aluno, por suas atividades cada vez mais elaboradas e a disponibilidade de documentos diversos.

Quando perguntados sobre o uso do livro na sala de aula, a maioria respondeu que “era muito usado”. Pode até parecer em um primeiro momento que essa resposta nos conduziria a uma negação do material, mas, esse elo que se estabelece ao longo da trajetória escolar, se mostrou bem contraditório, ao mesmo tempo que definiam seu uso, como muito frequente, vários ressaltaram que sem ele “não conseguiriam entender o conteúdo”.

O protagonismo desse material na sala de aula -  muitas vezes é o único material disponível para o aluno - somado à forma como o professor se apropria dele para ministrar as aulas, geram, também, uma dependência do aluno com relação a esse material. A representação construída de aula de história atrela-se de forma umbilical a presença ou ausência do Livro. Uma boa aula de história é aquela em que ele consegue comprovar o que o professor diz, no livro. Há uma perceptível insegurança do aluno se o livro não está presente. Tanto é que, em casos onde o professor não o trabalha rotineiramente, eles ressaltam que este deveria utilizá-lo com mais frequência, pois, segundo os alunos quando não entendem a matéria, recorrem ao livro, ou então, segundo suas próprias palavras: “o livro ajuda a tirar dúvidas, se ele não é trabalhado, como faço?”
Essas ponderações nos dão alguns indícios de que é necessário repensar o lugar ocupado pelo professor em sala de aula. Na medida em que se antes sua função era “transmitir conhecimento”, ou mediar o conhecimento, cada vez mais esse lugar vem sendo ocupado pelo Livro. Pois, segundo os alunos: “ali tem o conteúdo do mesmo que a professora explicou e se não entendem o conteúdo está ali pra reler”, ou, “é um jeito de aprender melhor”, ou ainda, “porque dá um conhecimento melhor”.

Dentro dessa perspectiva, o processo de entendimento da História, objetivando o desenvolvimento do pensamento histórico, se desloca da ideia de que é necessário problematizar os conteúdos, levando em conta as ideias históricas dos alunos mediados pela figura do professor, para outro lugar, qual seja, a ideia mecânica, quase automática de que para aprender história basta ler o livro. Tal ideia, presente nos alunos estudados, reforça um ensino pautado na memorização, onde aprender História significa “decorar” os conteúdos que irão “cair” na prova, perdendo de vista a noção de que o ensino de História deve ser pautado pela ideia de sua utilidade para a vida prática dos sujeitos.

Embora os materiais didáticos hoje, estejam cada vez mais distantes dos manuais problemáticos da década de 80, ainda possuem seus limites e, portanto, cabe ao professor o gerenciamento de seu uso na sala de aula de forma que este não se torne “um uso mecânico”, mas que sirva como ponto de partida para o desenvolvimento do pensamento crítico do aluno. A apropriação do livro pelos alunos como detentor de um saber que se sobrepõe às discussões em sala de aula, torna-se preocupante na medida em que reforça a ideia de que história é algo estanque presa ao passado, sem uma relação com o presente dos sujeitos. Ou seja, compreender a história torna-se uma operação não construída no processo de ensino aprendizagem, mas sim fornecida pronta ou pelo professor ou pelo livro ou pelo dois. Assim, ao comentar sobre o ensino tradicional calcado na memorização de datas e fatos, Caimi, destaca que,

“Como decorrência disso, os estudantes desconhecem, em geral, o papel crítico do raciocínio histórico e pouco compreendem em que consiste uma explicação. É desejável, então, que eles exercitem a resolução de problemas qualitativos e a explicitação de seu raciocínio, numa perspectiva metacognitiva. Todavia, é improvável que conquistem a facilidade para raciocinar historicamente a menos que a estrutura da proposta de ensino acentue a relevância de tal habilidade”. (CAIMI, 2014, p.170)

Tal perspectiva nos revela que no entendimento do aluno a História está pronta e acabada (história verdade) dentro dos limites das páginas do livro, que bem sabemos trata-se de uma narrativa limitada e não isenta de intencionalidades.

Referências
Carmem Lúcia Gomes De Salis é professora Adjunta do departamento de História da Universidade Estadual do Centro -Oeste(UNICENTRO)

ROCHA, Helenice Aparecida Bastos. História escolar e memória coletiva: como se ensina? Como se aprende?. in ROCHA, Helenice Aparecida Bastos; MAGALHÃES, Marcelo de Souza; GONTIJO, Rebeca. A Escrita da História Escolar: Memória e Historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009.

MAGALHÃES, Marcelo de Souza; ROCHA, Helenice Aparecida Bastos; RIBEIRO, Jayme Fernandes; CIAMBARELLA, Alessandra (Org). Ensino de História: usos do passado, memória e mídia. Rio de Janeiro: FGV, 2014.




54 comentários:

  1. Os livros didáticos fala em explorar o cinema: digo pouco explorado;o ensino de historia com filmes, pode contribuir neste processo ensino aprendizado., filmes de fatos e acontecimentos históricos, a indústria cinematográfica dá conta deste conteúdos, não seria um novo modo de ensino de historia?
    MAURILIO DE OLIVEIRA - RA 94071 - ESTUDANTE DE HISTÓRIA UEM.

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    1. Olá, obrigada pela participação! Penso que os filmes podem e devem ser utilizados na sala de aula. No entanto, estes devem ser entendidos enquanto uma fonte histórica, haja vista que não são feitos com este fim. Neste sentido, é importante que seu uso esteja atrelado a uma metodologia adequada para que possa fazer sentido para os alunos rumo a um processo de construção do conhecimento histórico.
      Abraços!

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  2. Olá, Carmem! Parabéns pelo texto e pela pesquisa.

    Sobre o livro didático, você enxerga algum caminho para o professor de história não se prender tanto a ele em sala de aula?
    Seriam as metodologias ativas um encaminhamento importante para deixar professor e alunos mais ativos e menos dependentes dos LDs em sua rotina escolar?

    Att.,
    Fábio Alexandre da Silva

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    1. Olá Fábio, obrigada pela participação!
      Fabio, penso nos cursos de Licenciatura o Livro Didático é pouco debatido. Com a implantação das 400 horas de prática como componente curricular, o livro aparece como protagonista de análises, mas muito restritas, ainda, a questões de narrativa e conteúdo. Assim, questões quanto ao seu uso e apropriação quer por parte do professor ou aluno, são escassas . Portanto, a forma como o professor encara a necessidade de utilizá-lo ou não depende de outras questões, como por exemplo a ideia de aula; de perfil de professor(se mediador ou transmissor de conhecimento); de concepção de História e de aluno(sujeito ou não no processo de ensino aprendizagem). Assim penso que as metodologias são válidas, mas depende das concepções e bagagens que o professor carrega.
      Abraços

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    2. Perfeitamente, Carmem.
      Obrigado pela contribuição.

      Abraço.
      Fábio Alexandre da Silva

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  3. Boa tarde Carmem,

    A utilização do livro didático ainda se refere como quase um guia exclusivo dos professores dentro do cotidiano escolar, que acaba sendo pouco problematizado, tornando-se uma fonte monumento.

    O avanço na qualidade das coleções é significativa nas últimas edições da PNLD, no entanto, muitas são as obras "semelhantes". Que critérios deveríamos utilizar para a seleção de um livro didático?

    Maicon Roberto Poli de Aguiar

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    1. Olá Maicon, obrigada pela participação!
      Concordo com você, os livros didáticos passaram por muitas transformações, sob vários aspectos positivas, nas últimas décadas. Penso que escolher uma coleção passa por critérios que são, de certa forma, subjetivos, como, por exemplo, a formação docente. No entanto, devemos estar atentos para as questões pertinentes à aprendizagem. Pensar qual a concepção de ensino do Livro? Qual a concepção de História? Como o livro trabalha com as fontes históricas? Como são as atividades do livro? Auxiliam no sentido de desenvolver o pensamento histórico do aluno? Estas são questões que ajudam a traçar um perfil da coleção.
      Abraços!

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  5. Julie Ane Souza dos Santos.09 de Abril de 2018. 20:25.
    Olá.Boa noite Carmem.
    O texto é excelente.
    E mostra claramente a importância do 'Livro didático' dentro e, mesmo fora da sala de aula.Parabens.
    Atualmente,no entanto, há novos métodos tecnológicos surgidos já algum tempo,que podem se aliar aos trabalhos atuais de doscentes.
    Como podemos aliar tais conhecimentos, advindos dos 'livros didáticos', as informações obtidas da internet? E que cuidados precisamos ter neste sentido?

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    1. Olá Julie!Obrigada pela participação!
      A internet pode ser uma importante aliada para o professor porque possibilita o acesso a informações, museus, revistas, livros, documentos, que podem se transformar em materiais para serem utilizados em sala. No entanto, devemos entender que muitos materiais não são produzidos para fins didáticos e assim, o papel do professor é pensar em uma metodologia adequada que viabilize a utilização e problematização desses em sala. A variedade de possibilidades da internet, juntamente com o livro pode auxiliar no entendimento de como a história é produzida, por exemplo, assim, como a percepção das diferentes formas de explicação dos fenômenos....Abraços

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  6. Olá Carmem, saudações!
    Primeiramente gostaria de parabenizar pela pesquisa e o olhar em um assunto que está muito presente no cotidiano escolar.
    Quando há esse registro de quê o conteúdo que o professor aborda está no livro e que a figura deste já não é requerida de forma plausível para uma explicação e uma indagação para que o livro didático seja apenas uma ferramenta de pesquisa e sim uma fonte que eu posso ler e reler, pode ter relação com a influência digital que tanto temos hoje?
    Onde em apenas um clique conseguimos alcançar um mundo de ideias e assim quando quiser, poder voltar com apenas outro clique?
    Veem o livro como uma "extensão" de uma pesquisa dá internet?
    Obrigado!!
    José Victor Cruz de Souza.

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  7. Excelente texto!
    Acerca dos conteúdos históricos que o livros didáticos abordam e sobre essa tentativa de unificação curricular que o governo propôs por meio dele, acredito que alguns conteúdos acabam sendo mais privilegiados em relação a outros, pois claro, um LD não consegue abranger todos os acontecidos históricos. Você acredita que os livros didáticos de hoje conseguem repassar os contextos históricos e as regionalidades do nosso país, mesmo sendo tendo conteúdo
    unificado?
    Ádma Sarmento Guimarães

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    1. Olá, obrigada pela participação! Penso que não consegue dar conta das questões regionais. No entanto, tais questões podem ser trabalhadas pelo professor a partir de outras narrativas históricas e, também, por meio das fontes históricas.
      Abraços

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  8. Excelente texto!
    Acerca dos conteúdos históricos que o livros didáticos abordam e sobre essa tentativa de unificação curricular que o governo propôs por meio dele, acredito que alguns conteúdos acabam sendo mais privilegiados em relação a outros, pois claro, um LD não consegue abranger todos os acontecidos históricos. Você acredita que os livros didáticos de hoje conseguem repassar os contextos históricos e as regionalidades do nosso país, mesmo sendo tendo conteúdo
    unificado?
    Ádma Sarmento Guimarães

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Olá Carmem, parabéns pelo trabalho.
    Sobre o livro didático, o maior problema relacionado a ele no meu caso está vinculado aos conteúdos pertencentes a cada ano de ensino.
    Muitos livros tem o seu conteúdo disciplina muito diferente dos conteúdos que o meu plano municipal orienta como os itens base do ano.
    Outro ponto é a sequência anacrônica dos temas.
    Eu utilizo 4 livros didáticos para cada ano na preparação das aulas, assim posso escolher como trabalhar cada assunto, mas o aluno fica retido ao seu livro, isso sai um pouco da ideia principal do mesmo.
    A pergunta que eu tenho a fazer, o livro didático não deveria ser escolhido com base no conteúdo programático em que é trabalhado?
    Outra pergunta que eu tenho a fazer é qual a sua opinião dos livros serem trienais, não seria melhor bianual? Acho que dessa forma poderíamos realizar a troca de um livro que não esteja sendo muito funcional.

    Anderson da Silva Schmitt

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  11. Boa noite Carmem, muito bom o seu texto, meus parabéns. Estou no último período do curso licenciatura em história e pude perceber durante meus estágios o protagonismo citado por você, do livro didático nas salas de aula. As dificuldades que as escolas públicas do país passam, acabam por centrar o processo de ensino aprendizagem no livro didático, deixando de lado outras formas de aprendizado como a internet. Muitas das escolas públicas não possuem meios de fornecerem aos alunos acessos as pesquisas online por falta de computadores e o pouco tempo de aula disponível para os professores também seria um ponto negativo a ser considerado para uma abordagem mais ampla e mais diversificada para além dos livros didáticos. Isto poderia ser também a causa da extrema dependência dos alunos e dos próprios professores para com os livros didáticos? Haveria então uma estratégia que conseguiria aliar o ensino de história utilizando o livro didático e outras fontes de pesquisas como a internet com o pouco tempo disponível em sala de aula?

    Att Sídnei Alves Delleprane

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    1. Olá Sidnei, obrigada pela participação!!!
      Sidnei, sem dúvida, as condições de trabalho, sem dúvida é um problema, assim como o descaso governamental com a formação continuada, que auxiliaria com as questões e atualizações pertinentes à área. Mesmo para trabalhar com as fontes históricas e internet, o professor precisa estar preparado para tal fim, caso contrário irá utilizar tais materiais para "ilustrar" ou comprovar conteúdo. Abraço.

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  12. Olá, Carmem Salis, parabéns pelo texto. Trata-se de uma pesquisa que descortina importantes questões atinentes aos usos dos livros didáticos. Nos últimos anos ocorreram mudanças significativas tanto no âmbito do repensar o livro didático (principalmente com as conquistas de movimentos sociais que produziram políticas públicas de inserção de novas temáticas e problemas históricos), como também na formação do professor de história, na qual as discussões sobre a história ensinada se tornaram mais presentes. Contudo, ainda é perceptível o quanto os professores constroem uma prática docente atrelada ao livro didático, desde o planejamento (muita vezes seguindo roteiro proposto no sumário) até as aulas e avaliações. Isso é preocupante, pois os livros didáticos continuam a ser o ponto de referência na construção do currículo e ainda muito pouco problematizado nesta dimensão.
    Cordialmente,
    Magno Francisco de Jesus Santos

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  13. Bom Dia,
    Prezada Carmem Lúcia, a temática é pertinente e oportuna parabéns. Pretende-se aqui contribuir de forma a pensar o uso do livro didático que é oportunizado para as escolas públicas e que é considerado um problema da Educação, tido como aporte principal para o desenvolvimento das aulas de história. Destacar-se à o papel do/a professor/a que deverá mediar o processo de ensino-aprendizagem, levando o/a aluno/a perceber as entrelinhas, a desconstruir discursos, a reformular novas ideias, enfim utilizar este material a seu favor, pois pensar a realidade das escolas que não possuem recursos para disponibilizar um material didático de qualidade e também considerando que os/as discentes em sua grande maioria são carentes.

    Desta forma, o/a docente deverá buscar novos caminhos para complementar o que traz nos livros didáticos pois ensinar história é um desafio diante de tantas mudanças estruturais, sociais, conceituais exigindo novas posturas, atualizar-se em informações, investigar, variar as fontes em sala de aula, dinamizando-as, requer criatividade, curiosidade, interdisciplinaridade e criticidade. Ser capaz de “construir/reconstruir” o conhecimento e assim garantir ao discente o desenvolvimento do pensamento crítico e participativo.

    Portanto, o papel do docente é pensar em um ensino qualitativo e não quantitativo e acima de tudo, compromissado com a formação de cidadãos mais conscientes e atuantes na sociedade, possibilitando ao discente reconstruir o conhecimento histórico e refletir que são construções sociais em contextos específicos.

    Obrigada

    Lélia de Fátima Tomé

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  14. Boa tarde Carmem, tudo bem?
    Primeiramente quero te parabenizar pelo excelente artigo que nos faz refletir muito sobre a utilização do livro didático em sala de aula, que em partes não é tão ruim, mas que por outro lado pode se tornar um uso contínuo sem a preocupação de expor novos conhecimentos e como você mesma disse: "cabe ao professor o gerenciamento de seu uso na sala de aula de forma que este não se torne “um uso mecânico”, mas que sirva como ponto de partida para o desenvolvimento do pensamento crítico do aluno.".
    Sendo assim, como fazer para que os alunos e até mesmos alguns professores que se acomodam com essa ideia de livro didático, venham entender que existem outros meios de obter conhecimento e assim passar aos alunos não só o que está ali escrito, mas utilizando outros caminhos? O que os professores podem fazer, que outros lugares trilhar para que o conhecimento histórico venha a ser transmitido, mas que não fique focado apenas nos livros? Porque sabemos que os livos não comportam várias temáticas e que, quando tentam, são sempre resumidas e não aprofundadas. Então, o que fazer para que outros mecanismos possam ser utilizados na sala de aula, para que o aluno venha adquirir conhecimento, não só usando os livros?
    Att, Nathany Vieira dos Santos.

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    1. Olá, penso que uma das formas possíveis seria a formação continuada. Outra questão é considerar as ideias históricas dos alunos e utilizar fontes históricas na sala de aula, assim como pensar as correntes historiográficas como possibilidades múltiplas para pensar "as ações do homem no tempo". Abraços

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  15. Olá, boa tarde.
    Em relação ao livro didático de História em sala de aula, você acha que futuramente, com o grande avanço tecnológico que estamos tendo, o livro em si seria um certo concorrente para as fontes digitais? Ou ele poderia ser um aliado, já que muitas pessoas hoje em dia acessam mais conteúdos digitais, do que livros físicos?
    Att, José Roberto Mahnis Filho

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    1. Olá, obrigada pela participação!
      Não acredito que precisamos colocar internet e livros em oposição, vejo apenas como duas formas diferentes que, se bem utilizados, podem ajudar o professor a construir conhecimento com seus alunos! Abraços

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  16. Prezada Carmen Salis, a sua discussão em torno do livro didático e seu uso é muito instigante, Parabéns pelo texto!
    Apesar de termos avançado bastante em relação a elaboração do material didático, no caso aqui o livro didático, a partir do PNLD, principalmente a partir de 1997, tais materiais ainda apresentam diversos problemas, como já foram apontados. O livro didático sempre foi tratado como o resultado da construção de um saber histórico quase absoluto e não como possibilidades (resultado da produção de uma verdade que interessa muito mais ao Estado e seu poder normativo), uma verdade que se encontra acima da própria realidade e experiências vivenciadas pelos educandos. Penso que talvez seja esse um dos grandes problemas que mais prejudica a elaboração do conhecimento histórico nas aulas de história, uma vez que o discurso do professor não é o mesmo que o do Livro Didático. Gostaria de saber qual a sua posição e/ou sugestão sobre de que forma o professor pode desmantelar esse lugar de superioridade que o Livro Didático ainda ocupa hoje?

    Rivaldo Amador de Sousa

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    1. Rivaldo, obrigada pela questão. Penso que o professor poderia trabalhar com fontes históricas na sala de aula. Levar outros materiais, fazer visitas a museus etc... No entanto, para isso fazer efeito o professor precisa estar atento às questões de cunho metodológico.
      Abraços.

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  17. Carmem Lúcia! Parabéns pelo texto e pela pesquisa.
    O livro didático é uma ferramenta válida e os alunos pensam mesmo dessa forma: “ o livro ajuda a tirar dúvidas, se ele não é trabalhado, como faço?” Sem dúvidas é um instrumento importante, mas hoje se sente a necessidade de irmos além do livro didático para atingirmos ao que a um certo ponto a senhora afirma “... que sirva como ponto de partida para o desenvolvimento do pensamento crítico do aluno.” Então, pergunto: Quais estratégias poderíamos adotar para que os alunos percebam e comecem a aceitar que existem tantas outras fontes de adquirir conhecimento? Enquanto faço essa pergunta, penso ao mesmo tempo na importância de os livros didáticos serem construídos de acordo com a realidade que circunda o discente de modo que possam fazer ligações partindo da própria realidade deles.
    É possível, de maneira concreta, conseguirmos anexar o livro a tantas outras propostas, como por exemplo: filmes, músicas?
    Obrigada!
    Celiana Maria da Silva

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  18. Boa noite Carmem

    Não é segredo que o mito da democracia racial ainda está presente na sociedade brasileira e que boa parte dela ainda nega a existência de racismo, o que só vem a corroborar a afirmativa da ONU de que no Brasil o racismo é “estrutural e institucionalizado” e “permeia todas as áreas da vida”. Conforme bem expõe o artigo, o racismo está presente até mesmo nos livros de História. Prova disso é que em inúmeros livros didáticos atuais ainda é comum ver a referência aos negros como “escravos”, e não como escravizados. Na própria universidade, também não é raro ouvir professores fazerem uso deste e de outros termos inadequados. Você não acha que boa parte disso decorre do fato de que no Brasil muito se fala sobre racismo, mas na realidade uma imensa parte da população, inclusive os alunos, não tenha realmente noção do que significa racismo? Se concorda, o que pode ser feito no sentido de mudar a situação?

    Att,

    Maria Cristina de Oliveira Alves

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    1. Olá, obrigada pela questão!
      Penso que uma boa forma de trabalhar esse tema com os alunos é por meio de fontes históricas, além das ideias que os alunos possuem sobre o tema. Abraços

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  19. Carmen, boa noite.

    Uma atitude que foi (talvez ainda seja) bastante comum por parte dos professores é a ideia de que "todo livro didático é ruim" (talvez fruto dos problemas com livros didáticos dos anos 80), levando à noção de que "professor bom dá aula sem livro". Muitos colegas entregam os livros do PNLD que as escolas recebem apenas por formalidade, mas mal chegam a usá-los. Contudo, o que sua pesquisa mostra é que entre os alunos o livro didático é visto como fundamental no processo de aprendizagem. Isso me fez chegar a algumas dúvidas:

    1) Existe de fato um antagonismo entre a opinião geral dos alunos e a opinião geral dos professores sobre o papel do livro didático em sala de aula?

    2) Quando comecei a dar aulas, no final da década passada, eu tinha no livro didático um apoio para vários pontos, especialmente pela falta de experiência em planejar os conteúdos a serem trabalhados, e eu achava que essa "dependência" do livro didático se dava por este motivo. Porém hoje tenho a sensação de que os professores formados nos últimos dez anos têm menos "aversão" ao livro didático, não recorrendo a ele apenas por inexperiência. Será que o perfil dos professores (talvez da formação desses professores) tem mudado?

    3) Você observou, ao longo da pesquisa, alguma relação entre o perfil do professor de cada turma e as respostas dadas pelos alunos no questionário? Por exemplo, as turmas de professores mais antigos deram respostas diferentes das turmas de professores mais novos?

    Att,
    Rilton Ferreira Borges

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    1. Olá Rilton, obrigada!
      Dentro da realidade estudada, não percebi uma diferença significativa na forma como alunos e professores percebiam o livro, para ambos, exerce um papel fundamental no dia a dia da sala de aula. Outro ponto interessante é que os alunos que estavam com a professora que não utilizava muito o livro, era cobrada constantemente pelos alunos. Isso significa que essa "dependência" do livro pelos alunos é construída ao longo da sua vida escolar. Ou seja, a forma como o professor trabalha o livro e a forma como ele concebe a história impacta de forma profunda a ideia que o aluno vai construindo não somente sobre o material que ele usa, mas como ele passa a conceber a importância da disciplina.

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  20. Muito interessante todo questionamento sobre o uso de uma ferramenta de estudo tão conhecida e tão cheia de história como o livro didático. É fato que se o mundo se transforma a cada instante, as formas de utilização dos recursos também passam por transformações. Desde a elaboração das primeiras aulas lá nas civilizações antigas o livro era retratado como tesouro que hoje se transformou em fontes escritas da história. Por que será que nós da história estamos encontrando dificuldades em encaixar algo tão próximo do nosso meio na vida dos nossos alunos?

    Abraços e sucesso na sua trajetória.

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  21. Olá Carmen.

    Gostei do seu texto, Parabéns. Quero compartilhar uma experiência própria sobre o uso do livro didático, eu tenho ele comigo como base para que os alunos acompanhem os conteúdos, porque na realidade eu planejo aulas totalmente diferentes, eu sou lúdica e prática, gosto de inovar minhas metodologias levando em consideração o desenvolvimento do ensino e aprendizagem do aluno, porque, não gosto de seguir o método tradicional, porque, a disciplina de história é vista como uma disciplina chata, mas na realidade não é chata quando se trata de inovar as metodologias em sala de aula.

    O meu questionamento a respeito do ensino tradicional, porque ainda existem professores de história muito tradicionais que só seguem o livro didático e não mudam nunca o seu método de ensino. A respeito desse questionamento, você aceitaria as críticas vindas por parte desses professores que são tradicionais?

    Att, Aline Karine Nunes.

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  22. Iamília Brito de Oliveira12 de abril de 2018 às 20:10

    Boa noite Carmen. Muito importante o tema do seu artigo. O livro didático muitas vezes é o unico recurso trabalhado nas escolas. Com certeza é uma fonte de conhecimento, porém sabemos eles são limitados. O professor precisa usar outros recursos durante as aulas. No entanto,em muitas escolas ele é usado somente como algo mecânico para ser decorado pelo aluno. Trabalhando somente nessa perspectiva, o livro didático pode ser considerado eficaz para a aprendizagem dos alunos?

    Iamília Brito de Oliveira

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    1. Ola, obrigada pela questão! \Iamília, na minha opinião não. Apenas reforça um ensino da disciplina calcado na memorização e acúmulo de conteúdos. Não há como se construir conhecimento se o professor se coloca enquanto transmissor, sem considerar que o aluno também faz parte do processo de ensino aprendizagem. Abraços

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  23. Certamente o livro didático é de fundamental importância e deve servir como um guia no direcionamento do processo de ensino-aprendizagem de história. Entendo que o professor no entanto não deve se limitar ao conteúdo contido no livro e deve trabalhar com os seus alunos, principalmente, o desenvolvimento de um pensamento crítico-reflexivo sobre a História.
    Gostaria de saber como você enxerga a diferença da abordagem de conteúdos entre as coleções de livros didáticos geralmente usadas nas escolas públicas e as coleções usadas nas escolas particulares conceituadas? Existe uma grande diferenciação de quantidade e qualidade de conteúdo?

    FRANCISCO NAZARENO BRASILEIRO DIAS

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  25. Meus parabéns Carmem!
    O livro didático sem duvida é um grande campo de pesquisa, vista que se tornou para muitos profissionais da educação básica o braço direito nas escolas e no ensinamento do ensino de história, e estendo as outras disciplinas! Após sua pesquisa, fico me perguntando e estendo-a você. Podemos considerar que o papel do professor e sua perda de espaço como transmissor do conhecimento se tenha dado pelo uso do livro didático e sua monopolização como principal ferramenta educacional no ensino de história? E quais os apontamentos que levaram os profissionais de educação em história do ensino básico a ficarem tão dependentes do livro didático? Podemos considerar a comercialização do livro didático como uma fragilidade para o ensino?

    Rafael Sousa Nogueira

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  26. Ola, Carmem Lúcia Gomes De Salis no trexo em que vc diz " essa perspectiva vai perdendo força a partir do momento em que os docentes começam a se ver enquanto sujeitos ativos dentro do processo de seleção, já que passam a compor o quadro avaliativo, assim como escolhem os materiais a serem adotados pelas escolas."
    Em suas pesquisas para a realização desta trabalho, você ouviu a opinião de professores de historia. O que eles falaram sobre esse "poder" de opinar na escolha do livros? eles se sentem realmente como sujeitos com "força' para escolher isso, força no sentido de serem realmente atendidas as necessidades por eles apontadas. Digo isso sentido de autonomia realmente, pois, apesar de muitas mudanças ja terem ocorrido em relação a produção do livro didatico, na perspectiva de uma historia não eurocentrica, é um caminho tenue ainda, não apenas pela "pegada" recente, mas pelos desafios existentes.

    DANIEL MAIK OLIVEIRA DE CARVALHO

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  27. Marcos Vinicius Rodrigues Ferreira13 de abril de 2018 às 14:11

    Parabéns Professora Carmem Lúcia pelo texto e pela pesquisa.

    Entendo eu que o livro didático é um instrumento de apoio, não a figura principal no processo de ensino e aprendizagem mas muitos alunos quando se deparam com um professor que utiliza o livro em menos oportunidades em relação aos demais com quais o aluno teve contato e é visto como alguém que não ensina corretamente, considerado por alguns alunos o professor carrasco por elaborar avaliações com conteúdo além o que o livro oferece.
    Meu questionamento é o seguinte como apresentar para os alunos conteúdos de extrema importância para o seu conhecimento mas que não estão no livro. De forma que eles entendam que aquilo que está sendo ensinado tem a mesma valia do que os conteúdos propostos no livro didático.

    Att,
    Marcos Vinicius Rodrigues Ferreira

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    1. Olá, obrigada pela pergunta!!!
      Acredito que os professores podem trabalhas com outras narrativas, assim como fontes históricas na sala de aula, desde de que o professor considere as ideias históricas dos alunos.
      Abraços

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  28. POR MAS QUE SEJA DE SUMA IMPORTÂNCIA,OS LIVROS CONTENDO A HISTORIA NACIONAL, HÁ UM ENORME DEFICIT NO ÂMBITO DA REGIONALIDADE, PARA A CONSTRUÇÃO DOS SUJEITOS, COMO PESSOAS QUE PERTENCEM A DETERMINADOS GRUPOS SOCIAIS, E QUE VALORIZAM O SEU PATRIMÔNIO. ESSE DEFICIT OS ATINGE DIRETAMENTE MUITAS PESSOAS POIS A FALTA DE DETERMINADOS CONHECIMENTOS CAUSA MUITAS VEZES O DESCASO EM RELAÇÃO A DIVERSOS PATRIMÔNIOS. QUAIS ALTERNATIVAS PODEM SER EFETIVADAS PARA SUPRIR ESSA NECESSIDADE QUE O LIVROS NÃO SUPRI?

    DANIEL MAIK OLIVEIRA DE CARVALHO

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    1. Olá obrigada pela participação! Penso que a formação continuada para professores. Também o trabalho com fontes históricas na sala de aula, relacionadas com a temática pro você ressaltada.
      Abraços

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  29. Boa noite Carmém, você finaliza seu texto afirmando que a História é limitada e acabado. Diante disso, como mostrar ao aluno, usando o prórpio livro didático, que o que acontece é exatamente o contrário, ou seja, que a História se renova a cada dia? Parabéns pelo texto.

    MAX WILLES DE ALMEIDA AZEVEDO

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    1. Olá Max obrigada pela participação!!! Uma das formas é inserirmos o aluno como sujeito na sala de aula e considerar suas ideias históricas, assim como as diferentes narrativas, por meio das fontes históricas e correntes historiográficas. Dentro dessa perspectiva o livro deve ser encarado como mais uma possibilidade de interpretação histórica, mas não a única. Abraço

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  31. Boa noite

    Adorei sua reflexão a respeito do uso do livro didático. Também considero que o livro didático está cada vez mais atraente, porém está ficando cada vez mais complexo, com representações imagéticas e atividades interpretativas que fazem o aluno refletir. O livro é um ótimo material, em muitas escolas o único material disponível, porém ressalto que é dever do professor fazer o uso adequado do livro, levando em consideração que devem ser usadas outras fontes, materiais complementares, para que uma comparação problematizada possa auxiliar no aprendizado adequado do ensino de história, levando em consideração que não basta ler o livro e se referir ao tema como verdadeiro e acabado, é necessário problematizar, cada um construir a sua própria história a partir do conteúdo do livro didático, a vivência do dia a dia e as comparações de diferentes materiais.



    Inês Valéria Antoczecen

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  32. Boa Noite Carmem, parabéns pelo seu artigo, ele permite uma melhor reflexão do papel e do espaço do professor em sala de aula. Sendo assim a minha pergunta é a seguinte:

    Tanto a relação do aluno com o livro didático quanto a do professor são importantes para construção e elaboração de uma aula e cabe a ele, dentro de sua aula, ser o protagonista ou não dela. Com o livro didático ganhando cada vez mais papel de protagonista em sala de aula, ele não poderia causar uma "desvalorização" do papel do professor?
    Por exemplo; "qualquer pessoa pode dar aula, basta ter um livro didático"

    RAUNI BOSSONI DE AMORIM

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  33. Olá.
    Quando o professor faz o uso constante do livro didático em todas as suas aulas, a maioria dos alunos começam a definir a aula como sendo ministrada de forma chata, mas por outro lado, quando o livro não é usado, causa uma insegurança nos alunos em relação ao conteúdo e o professor. Diante desta situação, como você analisa estas reações da turma ?

    Vanderlei Costa de Sousa

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  34. Prezada Carmem, outra pergunta que gostaria de fazer, a partir da leitura do seu artigo é: em turmas de Ensino Médio, onde as atenções estão voltadas para vestibulares ou ENEM e os alunos estão de certa forma finalizando seu "relacionamento" com os livros didáticos, como o professor de História pode trabalhar com o ensino de história mostrando que ele se renova a cada dia e fugindo do famoso "decoreba"?

    RAUNI BOSSONI DE AMORIM

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  35. Olá, Carmem.
    Em seu texto lemos que os alunos "[...] recorrem ao livro, ou então, segundo suas próprias palavras: “o livro ajuda a tirar dúvidas, se ele não é trabalhado, como faço?”
    Essas ponderações nos dão alguns indícios de que é necessário repensar o lugar ocupado pelo professor em sala de aula. Na medida em que se antes sua função era “transmitir conhecimento”, ou mediar o conhecimento, cada vez mais esse lugar vem sendo ocupado pelo Livro". Neste sentido, reflito se o livro tende a ocupar este espaço nos próximos anos, visto que a interação virtual tem crescido e atingido também os mais jovens. Estaria o professor que se apóia nos livros e, consequentemente, os livros didáticos com seus tempos contados?

    Fábio Júnio Mesquita.

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  37. Parabéns pelo excelente texto e escolha do tema, realmente os livros didáticos trazem muitos assuntos de forma bem resumida, mas o mesmo não precisa ser utilizado da mesma forma, pois o professor pode buscar meios para enriquecer alguns assuntos, auxiliando dessa forma no entendimento de sua turma.
    Att. Cleverton Andrei Roza

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